Cid Moreira comemora nesta segunda-feira, 29, 87 anos de vida. Pleno de saúde e vitalidade, o locutor, dono de uma das vozes mais famosas do país, não se desmotiva. Afastado da bancada do Jornal Nacional, onde ficou durante 27 anos, o locutor segue uma agenda cheia. Seus compromissos vão desde palestras pelo país até presenças vip sob um trio elétrico para mais de 40 mil pessoa em Salvador.
Tanta energia ele atribui a uma rotina saudável de vida. “Acordo por volta das 8h e só como frutas pela manhã. Faço pilates, alongamento, jogo tênis por uma hora”, conta Cid, que é vegetariano. Sem perder o hábito, faz parte de seu dia a dia assistir ao Jornal Nacional. “Depois ouço música, gosto muito! Se tiver algum filme bom no canal pago eu assisto.”
“Também anunciei a morte de colegas de profissão e do poeta Carlos Drummond de Andrade”, lembra Cid. Das lembranças que fazem rir até hoje está a de ter uma mosquinha atrapalhando sua performance no ar e de ter apresentando o JN de bermuda. “Também teve o erro de pronúncia de uma palavra em inglês e um erro de continuidade de uma matéria em que apareço reclamando no ar. E também tiveram uns fãs que puxaram o meu cabelo acreditando que era peruca.”
Cid acha que a voz empostada dos locutores do passado perdeu lugar para a naturalidade e espontaneidade do presente. “Acho que hoje os jornalistas estão mais
soltos, mais informais e isso é muito bacana. A voz empostada perdeu a vez para a naturalidade, espontaneidade. Eu não acreditava muito em mim. Me estressava muito, era muito perfeccionista. Hoje eu relaxei mais, continuo buscando padrão e excelência no que faço, mas está tudo mais fácil, mais acessível. Tudo dependia de muito esforço. Hoje os equipamentos ajudam muito”.